Sou HNRQ, designer formado em Lisboa, com atuação transdisciplinar entre o design de mobiliário, interiores e o real estate.
Meu trabalho se estrutura na intersecção entre estética, memória e psique — um esforço contínuo de criar espaços que não apenas se habitam, mas que revelam a nossa pessoalidade.

Acredito que o design não se limita à materialidade dos objetos e espaços, mas opera como linguagem simbólica — um espelho do inconsciente.
As memórias, arquivadas em camadas profundas da psique, funcionam como matéria invisível que estrutura nossa percepção do mundo.
São elas que erguem nossos refúgios internos, que constroem cenários afetivos onde se condensam sensações, ausências e desejos.

Projetar, para mim, é escavar essas camadas.
É permitir que texturas, volumes, contrastes e vazios revelem aquilo que muitas vezes escapa: o sentido afetivo do espaço.

Cada ambiente, cada objeto, carrega o potencial de operar como dispositivo de evocação — onde o vivido e o imaginado se fundem em narrativas singulares.

Entre a permanência e a impermanência, o design emerge como um campo simbólico.
Uma forma de dar forma ao indizível, de reconectar o sujeito à sua história e ao tempo.